MPT em Pernambuco realiza Força-Tarefa em confecções de Caruaru

Entre os dias 22 e 25 de agosto, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco realizou força-tarefa no Polo de Confecções do Agreste do estado. Foram realizadas cerca de 150 inspeções em unidades produtivas de Caruaru, Toritama, Taquaritinga do Norte e Santa Cruz do Capibaribe. Participaram da ação os procuradores do Trabalho Vanessa Patriota, Rogério Sitônio e Gustavo Chagas, além da coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Facções, Edelamare Melo, e do coordenador vice-coordenador nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Emprego (CONAFRET), Tadeu Henrique Lopes e Renan Kalil, respectivamente.

Durante a operação, foram identificados problemas comuns aos faccionistas e pequenos fabricos. A elevada carga tributária e alto nível de informalidade; o impedimento de remuneração digna em função dos baixos preços dos produtos; a falta de creche; e o distanciamento dos pequenos produtores com o Sistema S são alguns deles.

A força-tarefa também constatou que o setor ainda sofre com os impactos econômicos decorrentes da pandemia provocada pelo coronavírus (Covid-19). Além do aumento do preço da linha, houve uma diminuição da venda física e aumento da venda on-line. Os pequenos produtores, por sua vez, ainda precisam lidar com a dificuldade de comprar tecidos diretamente das fábricas, a maioria localizada em Santa Catarina.

“Nosso objetivo, agora, é instaurar um Procedimento Promocional para reunir atores relevantes que atuem, em conjunto com o MPT, na escuta social e articulação de estratégias que transformem as questões verificadas ao longo dos dias de força-tarefa. Estamos falando de um setor que, mesmo antes da pandemia, já acumulava diversos pontos de fragilidade que foram ampliados a partir de 2020. Por isso, é importante a união do Estado de Pernambuco, dos municípios envolvidos, da Câmara Setorial, do Sistema S, do Ministério do Trabalho”, explicou Vanessa Patriota.